O criador de caprinos Antônio Leão informou que vendeu um exemplar a mais que em 2010 e, apesar de parecer pouco, já fez diferença no orçamento. Está voltando satisfeito para casa.
O exemplo do criador coincide com os números do evento relacionados aos caprinos. O volume de negócios cresceu entre 10% e 20%. A qualidade genética dos campeões, segundo os jurados, também foi maior.
? Comparada aos outros anos, nós tivemos produtores mais preocupados e exigentes com os animais ? informou a jurada Anelise Traldi.
Entre os ovinos, as raças dorper e whitedorper foram destaque. Representaram metade dos animais expostos na feira. Só nos últimos cinco anos, o número de cabeças no país aumentou 800%.
? A gente não fechou a feira ainda, mas acreditamos em um crescimento de pelo menos 15% ? disse vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos Dorper e Whitedorper (ABCDorper), Luiz Alberto Vicente Teixeira.
O evento cresceu de modo geral, em número de animais, raças, criadores e volume de negócios. Uma das explicações é a demanda aquecida, principalmente na região Sudeste. A procura pela carne de ovinos e caprinos, atualmente, é maior do que a oferta.
? Não se cria caprinos e ovinos para um show, você tem que ter carne de qualidade na mesa ? explica o superintendente técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Caprinos, Felipe Adelino.
A organização da Feinco informou que o público da feira neste ano diminuiu, porque o foco eram os criadores, mas o volume de dinheiro aumentou.
? Este ano a gente tem uma visitação maciça de produtores ? afirma o presidente da Feinco, Décio Ribeiro dos Santos.
O secretário estadual da agricultura, João Sampaio, esteve no local e comentou sobre o crescimento da feira, e da cadeia produtiva de ovinos e caprinos.
? Esta é uma cadeia relativamente nova, que deve ser encarada como negócio. Precisamos melhorar as oportunidades ? concluiu.