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Feira de Guarapuava (PR) avalia influência da genética e do manejo do gado na qualidade da carne

Expoguá também oferece mostra de maquinários antigos organizada por grupo de produtores que quer preservar a memória do municípioA influência da genética e do manejo do gado na qualidade da carne foram avaliados durante um abate técnico feito em Guarapuava, no Paraná. O procedimento é parte da programação da 36º Expoguá, que acontece entre os dias 5 e 14 de agosto.

Além de mostrar como as novas tecnologias tornam-se úteis na agricultura e na pecuária, a feira também oferece uma mostra de maquinários antigos organizada por um grupo de produtores que quer preservar a memória do município através da restauração dessas máquinas.
 
Hoje, não vale o tamanho do gado, mas aquele que tenha no peso a porcentagem ideal de carne e gordura. Mas, qual o melhor cruzamento para se chegar a esse índice? Na apresentação de resultados do abate técnico, o zootecnista do Iapar, José Luis Molleta, explica que, na verdade, o criador deve investir em genética junto com outras tecnologias. Por exemplo, o ultrassom revela dados como a espessura de gordura e também se o animal está pronto ou não para o abate.
 
? No planejamento, por exemplo, o animal que tem uma alta capacidade de deposição de músculo, porém, tem uma deficiência, ou uma limitação genética ou no sistema de produção dele na deposição de gordura, ele pode também ter um planejamento e não mandar esse animal sem o devido acabamento para o frigorífico porque vai ser penalizado também, ou seja, é uma questão econômica ? disse José Luis Molleta.
 
O Iapar está desenvolvendo um programa para oferecer o serviço de ultrassom ao criador, o que é comum nos Estados Unidos há bastante tempo. O abate feito durante a Expoguá teve três etapas de avaliação: a visual, um cálculo a olho nú do potencial de carne do animal vivo; o ultrassom; e a análise da carcaça. A Cooperaliança, que reúne 69 criadores de Guarapuava e região, aposta na precocidade, mas, através da tecnologia, por isso organizou o abate.
 
Os pecuaristas da cooperativa são estimulados a produzir animais precoces, com até 24 meses; super precoces, com 18 meses; e os hiper precoces, bezerros prontos para o abate em 14 meses. A associação quis mostrar ao criador como o investimento, ou não, em métodos específicos, se reflete na conversão de carne.
 
A cooperativa diz que não consegue atender à demanda pela carne de gado precoce. E o criador recebe um bônus se a cobertura de gordura está dentro dos padrões ideais para cada idade. O que não pode faltar ao produtor é dedicação.
 
? Esse é o nosso foco, melhorar cada vez mais a qualidade do nosso produto, porque nós temos um compromisso com nosso cliente, nosso consumidor final de melhorar cada vez mais e atender com qualidade e regularidade esse consumidor ? frisou Edio Sander, presidente da Cooperaliança.
 
Misturado às novas tecnologias testadas na feira, o interesse em preservar a história dos agricultores de Guarapuava também ganhou espaço no evento. Tratores que desbravaram a cidade, alguns com mais de 50 anos e muitos esquecidos em ferros-velhos, foram restaurados por um grupo de produtores e estão presentes em uma mostra na Expoguá. A maioria é importada, pois na época não havia maquinário nacional. Para os agricultores, filhos e netos de pioneiros, cada equipamento guarda um pedaço da história do município.
 
? Minha família tem orgulho de mostrar como foi o nosso processo de crescimento. Na época, em vez de você ter um, dois tratores, tinha 10 tratores fazendo um serviço que se repetia às vezes duas, três vezes no mesmo talhão ? lembrou Marcio Duch, membro do grupo organizador da mostra.
 
Os tratores “velhos de guerra” despertam a nostalgia em muitos visitantes, e também o respeito para quem compara os grandões e pesados tratores com os ágeis e “computadorizados” de hoje.
 
? Por exemplo, hoje você tem um trator de três cilindros, “traçado” e que tem duas vezes a potência de um trator grande desses antigos, que puxavam um implemento bem rústico da época, porque os campos eram rústicos. Isso, mais uma vez, prova o potencial do agricultor, a força do agricultor, a vontade de vencer. Por isso eu acho que o agricultor merece ser privilegiado pelos “comandantes” do país, porque hoje tem muita facilidade, mas para chegar aqui o agricultor venceu obstáculos ? observou Neoraldo Oliveira Lopes, produtor rural.

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