– A grande virtude é a diversidade. Somos os primeiros em café e em leite, mas temos todos os produtos e de qualidade – aponta.
A expectativa positiva é compartilhada pelos produtores, tanto para a produção quanto para a renda desta safra.
– Será uma safra razoável para muito boa, com sustentação de preços. Hoje trabalhamos com a média de preços e produtividade – diz o agricultor João Carlos Semenzini.
A crescente demanda por investimentos é um indicativo de que o cenário é satisfatório para o setor. Uberlândia é conhecida como a Capital Nacional da Logística, mas o potencial de agronegócio não é a principal referência. Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Thiago Soares Fonseca, a Femec foi criada para comprovar a força da produção diversificada de grãos nesta região, aproveitar a logística de fácil acesso, além da estrutura, e alavancar bons negócios.
– Identificamos esta demanda reprimida principalmente para a agricultura familiar, que encontra dificuldades para deslocamento a feiras mais distantes. E aqui estamos bem localizados e preparados – relata.
Um dos destaques da mostra é uma plantadeira de mandioca com capacidade para atender sete hectares por dia. Para o diretor de marketing da empresa expositora do equipamento, os pequenos produtores já fazem parte significativa do planejamento das companhias.
– Vemos que 70% da produção vem da agricultura familiar. E há dificuldade com os custos da mão de obra, cada vez mais escassa. Por isso, a mecanização é a saída – pontua.
O agricultor Vicente Macedo apostou na compra de um trator durante a feira. Produtor de soja há seis anos, ele também investe em pecuária leiteira. E afirma confiar no mercado para as próximas safras.
– Nós temos condições de continuar produzindo para atender os chineses, por exemplo, que vão continuar firmes comprando. Isso nos traz preços estáveis – opina.