Mesmo com o clima castigando algumas regiões do Rio Grande do Sul no início e no final do ciclo da soja, a produção do grão aumentou 4% nesta temporada, alcançando 16 milhões de toneladas. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, dia 29, durante a abertura da 21ª edição da Fenasoja, Feira Nacional da Soja, em Santa Rosa (RS). O estado, que é o último do país a plantar a leguminosa, encerrou a colheita de soja no Brasil.
O governador estado, José Ivo Sartori, que participou do ato de encerramento oficial da colheita, disse que a rotação de cultura ajuda a evitar prejuízos como os causados pela chuva em mais de 20 municípios gaúchos. Três deles já estão em situação de emergência, e pelo menos outros oito aguardam aprovação.
De acordo com Sartori, o governo vem estudando uma forma de ter melhores prognósticos sobre situações climáticas para ajudar os produtores a ter mais tranquilidade.
Apesar da qyebra de safra em alguns regiões, o clima foi de otimismo na abertura da feira. A expectativa é de alcançar um faturamento de R$ 80 milhões, superando, assim, os resultados da edição do ano passado, quando foram negociados R$ 69 milhões.
O lançamento simbólico da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul, que começa no dia 1º de maio, também marcou a abertura da Fenasoja. O estado espera imunizar quase 14 milhões de cabeças, o que representa 90% do rebanho.
Segundo o secretário de Agricultura do estado, Ernani Polo, o governo trabalha para retirar a obrigatoriedade da vacina até 2020. “Isso vai nos colocar num outro patamar em termos de status sanitário. E, para que isso aconteça, o envolvimento de todos os produtores é fundamental”.