A expectativa de que a chuva venha até o início da feira, no final de maio, aponta um cenário um pouco mais favorável para a mostra que no ano passado faturou R$ 2,89 milhões. Com o objetivo de incentivar os negócios no evento, o Banrisul anunciou a liberação de R$ 12 milhões para o financiamento na compra de animais, além de maquinário.
Na presença da governadora do Estado, Yeda Crusius, líderes de produtores rurais destacaram os prejuízos causados pela seca e alertaram para o problema da perda de áreas cultiváveis com a nova lei das reservas legais.
Para o presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando), José Ernesto Ferreira, eventos como a Fenasul não podem ser cancelados, já que ajudam os produtores a trocar conhecimento e fazer bons negócios na compra e venda de animais, insumos e equipamentos agrícolas.
Mesmo com o horizonte árido, o produtor Ricardo Biesdorf, de Eldorado do Sul, também espera ansioso pela Fenasul. De acordo com ele, investir na linhagem dos animais e usar a tecnologia para amenizar a falta de chuva é uma maneira de driblar as armadilhas do clima.
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O presidente da Comissão de Grãos e Leite da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Jorge Luiz Rodrigues, disse que o Estado já registra queda de 20% na produção leiteira anual, o que representa 180 milhões de litros a menos no mercado. Segundo ele, a produção foi reduzida devido à escassez de pastagens.
? A seca aumenta o custo para o produtor, que precisa oferecer mais concentrado ao gado para manter a produção. Quando o preço do litro está baixo, não há margem de ganhos ? destacou Rodrigues.
