Fenicafé debate uso da água de forma racional no cultivo

Palestrantes de Israel e Estados Unidos compartilharam experiências vividas em seus paísesA Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura (Fenicafé) foi palco de debates sobre o futuro da irrigação no mundo com foco principal na produção de café. O evento, que aconteceu em Araguari, no Triângulo Mineiro (MG), recebeu  mais de 20 mil visitantes, na maioria cafeicultores das principais regiões produtoras do país.  Palestrantes de Israel e dos Estados Unidos  trouxeram suas experiência sobre como resolver os principais conflitos no uso racional da água.

O foco dos debates durante o evento foi o futuro do planeta e a essência da produção do campo, que depende  da água, até chegar no nosso café de cada dia.  A participação de palestrantes estrangeiros contribuiu para a discussão.  Exemplos de países como Israel, o berço a irrigação por gotejamento, O agrônomo israelense, Ami Charitan, falou do exemplo de Israel, berço da irrigação por gotejamento, e defende a tecnologia para todas as culturas. 

?  A tecnologia moderna de irrigação  tem que atender  a uma situação na qual consigo ser mais eficiente, na utilização da água e dos nutrientes  e consequentemente ter aumento de produtividade para atender a demanda por comida no mundo.

O professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Luis Lima, aproveitou a feira para conversar com especialistas, como o norte-americano Derrel Martin, da Universidade de Nebraska, e espera que o Brasil siga o exemplo na transparência das informações técnicas e científicas para serem usadas nas tomadas de decisões.

Na Califórnia, nos Estados Unidos, o governo apostou no desenvolvimento da irrigação e investiu alto a partir de 1930. Atualmente o Estado produz mais da metade das frutas e hortaliças  do país.  Mas por causa da infraestrutura criada para irrigar, os conflitos não se resolvem facilmente. Governo e ambientalistas travam batalhas na justiça. 

O evento também contou com a apresentação das diretrizes para gerenciar as 34 regiões hidrográficas de Minas Gerais feita  pelo secretário adjunto de agricultura do Estado, Paulo Romano. O objetivo é evitar futuras disputas pela água.