É na região Nordeste, principalmente na Bahia, onde está centralizada a produção de coco no Brasil. Só o Estado baiano responde por 70% de toda produção nacional. De lá sai o produto vendido nos quatro cantos do país. São Paulo é o maior consumidor. A Praça do Pari, no centro da capital, é conhecida por receber os caminhões e realizar no local a venda do coco verde. O comércio diminuiu depois que a Prefeitura proibiu a venda de ambulantes no centro.
? O forte da venda de coco verde em São Paulo é através de ambulantes, que vendem o produto no parque Dom Pedro, 25 de Março, Lapa, Santana e Brás. E o prefeito não deixa mais o pessoal trabalhar com frutas na rua, então a gente teve uma queda de 30% a 40%. Prejudicou bastante, o caminhão que chega aqui e consegue vender é lucro. Quanto mais tempo ele fica no caminhão mais chance tem de estragar. Quinze a 20 dias e o produto já está estragando ? conta o presidente da Associação dos Distribuidores de Coco Verde de São Paulo, Jeneton Mesquita.
Mesmo assim, por dia chegam em São Paulo de 10 a 12 caminhões, cada um com sete mil cocos. São 70 mil unidades distribuídas para restaurantes, mercearias e vendedores ambulantes.
Boa parte desta carga chega ao litoral de São Paulo. Em Santos, o consumo na beira da praia aumenta muito no verão. Um dos quiosques mais tradicionais chega a vender, num dia bom de sol, até três mil cocos por dia.
Antes do carnaval, Zé do coco, como é conhecido em Santos, comprava a unidade em média por R$ 1,10. O preço inflacionou durante o feriadão e passou para 1,50 no atacado. Já o consumidor está pagando R$ 2,50.