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Fertilizantes: estoques de NPK crescem 20% em junho

As recentes quedas nos preços internacionais de nitrogenados e fosfatados e o câmbio mais favorável explicam o aumento das importações, diante de uma perspectiva de demanda firme

Fonte: Debora Fabrício/CanalRural

Sustentados pelo forte desempenho das importações de fertilizantes, os estoques de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) no País avançaram para 3,831 milhões de toneladas no fim de junho, estima a consultoria INTL FCStone. A alta é de 20% sobre o volume médio verificado no período equivalente nos últimos três anos. Entre fertilizantes nitrogenados, há cerca de 900 mil toneladas disponíveis no país, 44% mais do que a média do mês nos últimos três anos.

As recentes quedas nos preços internacionais de nitrogenados e fosfatados e o câmbio mais favorável explicam o aumento das importações, diante de uma perspectiva de demanda firme. “O potássio, embora não tenha registrado quedas recentes nas cotações, também atraiu os importadores, uma vez que, até maio, os estoques do nutriente se encontravam relativamente baixos”, comentou o analista de mercado da INTL FCStone, Fábio Rezende.

Apenas em junho foram importados 2,746 milhões de toneladas de fertilizantes intermediários, com crescimento de 26,1% sobre junho do ano passado. Já no acumulado do ano, a alta é de 21,6%, com 12,085 milhões de toneladas importadas. 

As entregas de fertilizantes aos consumidores finais somaram 2,883 milhões de toneladas, com queda de 3,5% na comparação anual. “O recuo ano a ano das retiradas pelos agricultores está relacionado, principalmente, com as mais elevadas relações de troca das commodities agrícolas pelos adubos em comparação com o ano anterior”, explica Rezende. 

O mesmo movimento pode ser verificado no acumulado do ano, ainda que em menor intensidade. Foram registradas entregas de 13,132 milhões de toneladas de janeiro a junho, o que corresponde a um recuo de 0,38% na comparação com igual período de 2016.

Já a entrega total de nutrientes NPK recuou 2,2%, em função da menor presença das substâncias na fórmula, cuja média passou de 43,64% no primeiro semestre de 2016 para 42,85% nos seis primeiros meses deste ano. 

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