Coutinho se reuniu com empresários da indústria nesta quarta, dia 2, em São Paulo, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Falando a uma plateia, o presidente do BNDES ressaltou que, apesar de o Brasil ter superado a crise, o acesso ao crédito ainda é uma dificuldade enfrentada por alguns setores, como as pequenas e médias empresas.
A situação é confirmada pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel. A associação já adiantou que o ano termina ruim para o setor, principalmente para quem exporta. As exportações devem ter queda de 30%: foram US$ 1,75 bilhão em 2008, contra 1,2 bilhão em 2009. Neste ano, o déficit para o setor deve ser de US$ 2 bilhões.
Apesar da afirmação de Coutinho, o setor continua pedindo ao governo a prorrogação do prazo. A baixa nos juros do Finame Agrícola para máquinas e equipamentos foi anunciada no fim de junho. Foi uma das medidas de estímulo à economia, usadas pelo governo contra a crise global.
O assessor econômico da presidência da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas Agrícolas (Abimaq), Mário Bernardini, afirmou que a redução para 4,5% ao ano começou a ter efeito nas vendas só em outubro. Por isso, o setor pede ao governo que permaneça a taxa menor.
Representantes do setor afirmaram que o incentivo deve ser mantido. Se não for isso, uma ação semelhante pode ser lançada no início de 2010.