Nos primeiros seis meses de financiamento da produção agropecuária pelo Plano Agrícola e Pecuário do ciclo 2018/2019, os agricultores tomaram R$ 87,9 bilhões nas instituições financeiras do Sistema Nacional de Crédito Rural. A contratação do crédito rural teve incremento de 14% em comparação com igual período anterior. Os números constam do relatório de financiamento agropecuário de liberação de recursos divulgado nesta quarta-feira, dia 9, pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Na linha de financiamento do custeio, foram aplicados R$ 51,2 bilhões, alta de 15%, diz o Mapa. A industrialização cresceu 6%, totalizando R$ 3,7 bilhões, e a comercialização teve alta de 1% em relação à safra passada, somando R$ 14,7 bilhões. Os investimentos tiveram incremento de 28%, alcançando R$ 18,3 bilhões.
Programas
Um dos destaques do período analisado foi o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro), com alta de 193%, representando aplicação de R$ 744 milhões. Já o Programa de Desenvolvimento Cooperativo (Prodecoop), para agregação de valor à produção agropecuária, teve incremento favorável de 178%, com R$ 622 milhões.
O diretor de Crédito Rural da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antonio Luis de Moraes, destacou o bom resultado alcançado pelos programas prioritários de investimento, cujas contratações mantiveram forte expansão. Esses financiamentos se situaram em R$ 712 milhões, aumento de 93%, no âmbito do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA); em R$ 1,2 bilhão e 85% no Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC); e em R$ 691 ou 67% no Programa de Inovação Tecnológica na Propriedade (Inovagro).
O crédito para a atividade agrícola atingiu R$ 63,4 bilhões e para a pecuária, R$ 24,4 bilhões.
Quanto às fontes de recursos, a poupança rural controlada representou R$ 28,6 bilhões, com participação de 33% nas contratações do crédito rural. Em seguida, vêm os Recursos Obrigatórios, com R$ 17,5 bilhões e participação de 20%.
As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) registraram aplicação de R$ 15 bilhões, sendo que R$ 11,3 bilhões a taxas de juros favorecidas e R$ 3,7 bilhões a taxa livre de mercado.