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Fique de olho: semana promete surpresas para os preços da soja

Acompanhe os fatos que deverão merecer a atenção dos produtores de soja na próxima semana para garantir uma boa comercialização

O mercado segue de olho na relação entre China e Estados Unidos. Há expectativa de novas compras na próxima semana, inclusive. Mas a colheita no Brasil e os novo panorama climático, com El Niño podem trazer surpresas para a precificação da soja. Acompanhe abaixo as dicas do analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez e se prepare para a semana que entra.

“Os players do mercado permanecem com atenções voltadas para a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Sinais de demanda pela soja norte-americana também devem chamar a atenção. Paralelamente, o mercado também acompanha o desenvolvimento da safra sul americana e os trabalhos de colheita no Brasil”, diz Gutierrez.

  • A última rodada de negociações entre representantes do governo dos EUA e da China, que ocorreu em Pequim na última semana, trouxe avanço nas negociações rumo a um acordo comercial. O próprio presidente Donald Trump se mostrou otimista, e isso agrada o mercado. Cresce a possibilidade de se prorrogar o prazo do fim da trégua comercial entre os países, o que deve trazer um alívio ainda maior para o mercado como um todo.
  • Uma nova rodada de conversas está marcada para a próxima semana em solo americano e um novo avanço nas negociações é esperado. É possível também que o encontro entre os presidentes dos países seja marcado nos próximos dias, com expectativa de ocorrer ainda no mês de março.
  • É possível também que novas vendas de soja dos EUA para a China sejam anunciadas nos próximos dias, embora não devam ser envolvidos volumes muito expressivos. Os chineses continuam centralizando suas compras no Brasil, que com o bom avanço da colheita, já tem uma boa quantidade de soja disponível.
  • O panorama climático no Brasil e na Argentina continua como fator secundário para Chicago. As perdas na safra brasileira pararam de avançar nas últimas semanas, e a produção parece se encaminhar para a consolidação do patamar de 115 milhões de toneladas. Na Argentina, não há registros de problemas relevantes nas lavouras das principais províncias produtoras. Por lá, a tendência continua sendo de uma safra cheia ou com poucas perdas.

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