– Eles queriam mostrar para as autoridades que o leite é sagrado, além da importância que o alimento tem para a população. O governo não está dando importância ao leite, embora 74% do que é produzido seja consumido no país. O leite não está na pauta das exportações, por isso, os governantes não estão preocupados – disse o presidente do Sindicato dos Fiscais Federais Agropecuários, Wilson Roberto de Sá.
Os fiscais agropecuários estão em greve há oito dias e até agora não conseguiram uma reunião com o governo. Eles reivindicam a realização de novos concursos, reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
Na última sexta, dia 10, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que em algumas áreas os servidores deveriam retornar ao trabalho. Precisam continuar em atividade os fiscais em funções de controle, fiscalização e inspeção de produtos animais e agropecuários em aeroportos, fronteiras e estabelecimentos de abate de animais de açougue, além de laticínios e certificação de frutas. Unidades descentralizadas do Ministério da Agricultura devem ter “no mínimo 70% dos fiscais em atividade”. Segundo Wilson de Sá, a determinação é obedecida.
– Vamos continuar atendendo ao que a Justiça determinou, mas (ainda) estamos em greve. Apenas 30% da categoria trabalha normalmente. Estamos recorrendo da decisão do STJ – informou.