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Fiscais federais fazem manifestação no Aeroporto em Guarulhos, em São Paulo

Pelo menos 40% do transporte aéreo de produtos de origem animal e vegetal é feito pelo aeroporto internacional de Guarulhos

Fonte: Suelen Farias / Canal Rural

Fiscais federais agropecuários, que estão em greve desde a última quinta, dia 17, realizaram manifestação nesta segunda, dia 21, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Cerca de 20 servidores participaram da ação no terminal três do aeroporto.

– Tudo que é perecível e que traz algum risco a segurança alimentar e saúde pública, os serviços estão sendo mantidos e funcionando regularmente. Apenas aquilo que não oferece risco imediato é que está sendo retido com o objetivo de que o governo sente para negociar conosco. A gente quer resolver isso o mais rápido possível – diz o delegado sindical da Anffa/SP, Ricardo Gobbo Mendes.

Na última sexta, dia 18, representantes do sindicato tentaram negociar a suspensão da greve em uma reunião, em Brasília, mas os fiscais e o governo não chegaram a um acordo.

– Houve um comunicado do Ministério da Agricultura de um representante que seria agendado uma reunião no final do dia. Isso ocorreu, os fiscais compareceram, mas infelizmente o representante do Mapa não compareceu. O Ministério do Planejamento enviou outro representante e até o momento a negociação não se avançou – explica. 

Pelo menos 40% do transporte aéreo de produtos de origem animal e vegetal é feito pelo aeroporto internacional de Guarulhos. A estimativa do Sindicato é que 2.800 fiscais de todo o país aderiram à paralisação.

Nesta terça, dia 22, às 11 horas, está prevista uma reunião com fiscais de Guarulhos e Vira Copos para discutir mais uma vez os impactos e rumos da paralisação.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), responsável pela iniciativa, a greve continua com adesão de 70% dos trabalhadores da categoria. As atividades estão suspensas nos portos de Santos (SP), Pecém (CE), Suape (PE) e Itajaí (SC), com 100% de adesão dos fiscais. No Porto de Paranaguá (PR), a adesão, por enquanto, é parcial.

Em seus comunicados, a entidade também vem informando que estão sendo mantidos os serviços essenciais à garantia da saúde pública e da sanidade animal e vegetal. De acordo com a Anffa Sindical, a decisão foi tomada após tentativas de negociação de reposição de perdas salariais decorrentes da inflação dos últimos anos. A paralisação também tem o objetivo de reivindicar pleitos específicos, como a realização de concursos públicos, e se manifestar contra as medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo federal. 

Prejuízos

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) deve enviar até esta terça, dia 22, um comunicado ao mercado informando sobre a greve dos fiscais federais agropecuários. O presidente da associação, Sérgio Castanho Teixeira Mendes, disse que o comunicado será enviado em português e inglês, para que os exportadores brasileiros possam encaminhar o informe a seus parceiros importadores. 

– O anúncio não impede que eventuais prejuízos venham a ocorrer. O objetivo é que os importadores tomem conhecimento do que está acontecendo aqui e mantenham boas relações com os exportadores – explicou.

Na última sexta, dia 18, a Anec enviou uma carta à secretaria executiva do Ministério da Agricultura alertando sobre os riscos que a greve traz para a imagem do Brasil como exportador de grãos. Até o momento, segundo Mendes, o órgão não se pronunciou. Ele pretende ter um encontro, provavelmente nesta quinta, dia 24, com um representante do Ministério da Agricultura para discutir formas de solucionar rapidamente o impasse. 

Entre as atribuições dos fiscais federais agropecuários, está a emissão de certificados fitossanitários para as cargas exportadas (grãos, carnes e outras). Os documentos são emitidos após o navio deixar o porto. Conforme Mendes, se as embarcações chegam a seus destinos sem o documento, elas não podem descarregar. Além de não receber pela carga, exportadores brasileiros têm de arcar com a multa cobrada do navio por esperar no porto de destino, de US$ 20 mil a US$ 30 mil por dia, segundo Mendes.

Ele disse que, até o momento, apenas um problema foi reportado à Anec. Na sexta, um fiscal se negou a emitir o certificado fitossanitário para um carregamento de milho que saiu do Porto de Vila do Conde, no município de Barcarena (PA). Mendes disse ainda que não deve dialogar diretamente com o sindicato dos fiscais, pois a medida poderia ser interpretada pelo governo como intromissão e dificultar as negociações.    

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