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Fiscais flagram pesca clandestina em reserva biológica da Grande Florianópolis

Operação na costa da Capital autuou dois barcosDois barcos pesqueiros foram flagrados na área da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, na Grande Florianópolis, em Santa Catarina, pela fiscalização ambiental, acompanhada pela reportagem da RBS TV. As imagens do crime ambiental foram divulgadas nesse domingo, dia 12, à noite, no programa Estúdio Santa Catarina.

O repórter Marcelo Siqueira acompanhou fiscalização de analistas ambientais do Instituto Chico Mendes, responsáveis pelo controle da área de aproximadamente 18 hectares que compõe a reserva.

Quando seguiam num bote inflável até a ilha do Arvoredo, a principal do arquipélago, os fiscais avistaram dois barcos pesqueiros retirando as redes do mar dentro da área de preservação ambiental, criada em 1990.

Decreto federal protege o ecossistema costeiro na região, rico em corais e peixes, além das 22 espécies ameaçadas de extinção nas porções de terra. O acesso público à área, que servia para competições de pesca, foi proibido.

Quando avistaram o bote com os analistas, pescadores de uma das embarcações tentaram recolher a rede e fugir, mas receberam ordens de parada de um analista, que conseguiu registrar a infração em fotografias.

Segundo informações repassadas pelos tripulantes, o barco havia saído no início da manhã da costa de Bombinhas, com a previsão de capturar pelo menos duas toneladas de sardinhas. O dono da embarcação, proprietário de uma loja de peças para carros em Governador Celso Ramos, foi multado e o barco apreendido.

Segundo barco

De longe, pescadores que estavam no outro barco praticando pesca clandestina, se apressaram para retirar a rede da água. Para tentar evitar o flagrante, cerca de uma tonelada de corvina foi jogada ao mar.

O mestre do barco era Júlio Cesar Wandall, que de acordo com os analistas ambientais já havia sido autuado outras três vezes por pesca ilegal. A embarcação pertence a um dos maiores empresários do ramo da pesca de Florianópolis, dono de uma peixaria no Mercado Público. Ele foi multado em R$ 70 mil.

O proprietário da peixaria disse que os pescadores apenas lavavam a rede e que o barco foi arrastado pelo vento forte para a área da reserva marinha.

? Estavam simplesmente lavando a rede no limite onde pode se pescar. No momento, nosso barco foi abordado sem o peixe ? explica Marcelo Jacques.

Fiscalização

Três funcionários do instituto são responsáveis pela fiscalização em toda a reserva. Nem sempre a recepção aos analistas ambientais é amistosa. Um dos funcionários teve um osso do braço fraturado ao ser agredido por um pescador no Calhau de São Pedro, uma das ilhas na área da reserva.

Desde o início do ano, 32 embarcações foram apreendidas em área de proteção ambiental, entre botes, canoas e lanchas. Junto com os barcos, estrelas-do-mar, conchas e restos de corais para comercialização.

As irregularidades não se restringem aos pescadores profissionais. Também foram apreendidas pequenas redes de pesca e arpões, que denunciam a caça-submarina clandestina.

Em julho deste ano o governo federal publicou novo decreto com penas mais severas aos infratores ambientais. Agora, as multas variam de R$ 50 mil a R$ 50 milhões. Também foi divulgado projeto que prevê a instalação de uma base na Ilha, para facilitar a fiscalização 24h.

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