O cálculo, realizado por economistas, deriva da diferença entre o que o Fisco projetava arrecadar com o esquema imposto em março, que implicava em tributos crescentes para as exportações de grãos segundo a variação dos preços no mercado internacional, e em taxas fixas de até 35%, às quais o governo se viu obrigado a voltar atrás.
Apesar do impacto, a Argentina fecharia o ano com suas contas no azul e teria em 2009 superávit fiscal primário equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB), suficiente para “cobrir os pagamentos da dívida”, disse ao jornal “Crítica” o economista Ramiro Castiñeira, da empresa de consultoria Econométrica.
De todas as formas, segundo o jornal “La Nación”, o Ministério da Economia argentino já planeja propor que alguns ministérios diminuam suas despesas em 2009.
“Mas no curto prazo o governo não planeja economizar, mas fazer exatamente o contrário para recuperar a popularidade perdida e aproveitar esse momento de distensão”, disse o jornal.
Entre as possibilidades, estão o aumento de salário e a diminuição do imposto de renda das aposentadorias, medidas para reativar o consumo, que caiu desde o início da crise entre o governo e o campo, há quatro meses.