A melhora nas previsões para 2010 foram atribuídas a “sinais positivos” no sistema financeiro e ao enfraquecimento da recessão. O FMI destacou que, apesar das previsões positivas, a recessão não acabou e a recuperação econômica será lenta, já que o sistema financeiro ainda não voltou ao normal e as medidas de estímulo fiscal e monetário perderão fôlego de forma gradual.
Além disso, as famílias passarão um período saneando suas contas, de modo que não se sentirão incentivadas a consumir. Na opinião do FMI, a prioridade agora deve ser “restabelecer a saúde do setor financeiro”, que dá mostras de recuperação graças, principalmente, à intervenção pública.
Os governos devem continuar apoiando a economia, destacou o FMI, mas já devem pensar em como suspenderão as medidas de estímulo. Em abril, o órgão multilateral de crédito tinha calculado que, este ano, a economia mundial sofreria uma contração de 1,3%, que já seria a maior desde a II Guerra Mundial.
Para 2010, o FMI tinha calculado uma expansão de 1,9%, mas, no começo de junho, vazou para imprensa um documento preparado para a cúpula do G8 (os sete países mais desenvolvidos e a Rússia) em que o órgão revia essa previsão de crescimento para 2,4%.
Segundo os números divulgados pelo FMI, a economia americana deverá encolher 2,6% este ano e crescer 0,8% em 2010. As previsões para a zona do euro são mais pessimistas: a economia na região sofrerá contrações de 4,8% em 2009 e de 0,3% no ano que vem.