Strauss-Kahn afirmou que a proposta finalizada será divulgada pelo FMI em poucas semanas. De acordo com informações divulgadas na página do FMI na internet, o chamado “Fundo Verde” poderia ser criado, em parte, com emissões em Direitos Especiais de Saque (DES), um ativo de reserva internacional criado pelo FMI. As discussões para o financiamento do fundo serão feitas com banqueiros centrais e ministros das Finanças dos membros do FMI.
Em um debate em Davos, Strauss-Kahn disse que os países em desenvolvimento não têm os recursos para financiar as medidas necessárias para lidar com a mudança climática, enquanto os países desenvolvidos estão com uma grande carga de dívida pública como consequência do combate à crise econômica mundial.
Os recursos do Fundo Verde auxiliariam o avanço de um modelo de crescimento econômico com baixa emissão de carbono, à medida que os países se recuperam da crise econômica global e ainda enfrentam desafios derivados da mudança climática, acrescentou o diretor-gerente do FMI.
Na opinião de Stauss-Kahn, o financiamento para lidar com os desafios impostos pelas questões climáticas “não pode ser visto como um problema que não pode ser resolvido”. Segundo o FMI, o endividamento público derivado da crise financeira faz com que seja necessário encontrar soluções alternativas para financiar projetos com baixa emissão de carbono. No evento, Strauss-Kahn argumentou que a crise mundial criou um problema de sustentabilidade fiscal para diversos países e que pode levar até sete anos para ser resolvido.