Para a América Latina, o fundo prevê que o crescimento econômico se manterá “robusto” este ano e ultrapasse 4,5%.
? A expansão tem sido mais forte na América do Sul, onde a alta dos preços das commodities e as facilidades para conseguir financiamentos no exterior estão alimentando a demanda doméstica.
O relatório alerta, no entanto, que se nada for feito, essa situação pode levar, em breve, a um superaquecimento econômico. De acordo com o estudo, muitos sinais dessa expansão exagerada já podem ser percebidos, como a inflação crescente e o aumento do déficit público.
? O aumento global dos preços dos combustíveis e alimentos estão aumentando o desafio de conter a inflação e proteger os mais pobres.
Os cenários projetados para a América Latina levam em consideração, segundo o FMI, uma significante retirada das políticas de estímulo e a desaceleração das exportações de commodities. Além disso, o documento destaca que vários países da região elevaram as taxas de juros e cortaram gastos governamentais, “para evitar uma carga excessiva sobre a política monetária, em um contexto de grandes entradas de capital e apreciação do câmbio”.
O FMI ressalta ainda que a expansão da economia global continua ocorrendo de forma desigual. O estudo destaca que “o crescimento em muitas economias avançadas ainda é fraco, tendo em vista a profundidade da recessão”, enquanto nos países em desenvolvimento a expansão permanece forte.
O documento chama atenção, entretanto, para a necessidade de fortes ajustes em ambas as realidades, que leve a “uma consolidação fiscal confiável e balanceada e à reparação e reforma do setor financeiro em muitas economias avançadas”.
Para os países emergentes e em desenvolvimento, o aperto da política macroeconômica e a reorganização da demanda são, de acordo com o FMI, medidas imprescindíveis para um crescimento seguro e com geração de empregos em médio prazo.