Por enquanto, conforme e empresa, um novo processo de tratamento da sementes deve ser visto com cautela. Conforme o pesquisador Rafael Soares, há risco de o produtor aumentar seu custo sem obter resultados concretos.
Américo Amano monitora a lavoura todos os dias. Ele ainda não fez a primeira aplicação de fungicida nos 200 hectares de soja que tem em Cambé, no norte do Paraná, por causa do tempo seco. Está esperando a chuva, quando o risco da doença aparecer é maior. O produtor conta que na safra passada gastou R$ 100 por hectare com duas aplicações do produto, na mesma área. Foi cauteloso e não teve perdas com a doença.
Na safra anterior, a estiagem mais prolongada atrasou o plantio e a doença também apareceu mais tarde. O consórcio anti-ferrugem registrou cerca de 2,1 mil focos no Brasil. O país gastou quase US$ 2 bilhões para controlar o problema. Agora, as chuvas irregulares em todas as regiões produtoras podem enganar o agricultor.
A redução na quantidade de fertilizantes usados nesta safra pode ser outro problema. A tendência é que as plantas cresçam com menos nutrientes e fiquem mais fracas. Neste caso, o ataque da ferrugem asiática pode ser mais grave do que em lavouras bem nutridas.