As informações são do governo do Estado do Pará. Em reunião na última sexta, dia 3, no Palácio do Planalto, Dilma ouviu os governadores do Pará, Simão Jatene, do Amazonas, Aziz Elias, e de Rondônia, Confúcio Moura.
Também estavam presentes na reunião em Brasília seis ministros – Nelson Jobim (Defesa), José Eduardo Dutra (Justiça), Maria do Rosário (Secretaria de Defesa dos Direitos Humanos), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário).
Na reunião, Jatene disse que é necessário identificar e punir de forma rigorosa os envolvidos em assassinatos no campo. Segundo ele, só dessa maneira será possível evitar o ambiente de impunidade que domina a região.
? Não vamos reproduzir o passado e o ponto de partida deve ser a união de todos no enfrentamento à violência ? afirmou, na reunião.
Na segunda, dia 6, o secretário de Segurança Pública do Pará, Luiz Fernandes, disse que as áreas mais críticas do Estado são o sul e o sudeste. Em 2010, houve 13 assassinatos sem apuração em Pacajás. Ele informou ainda que as investigações sobre o assassinato do casal de ambientalistas ? José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo – estão “em curso”.
Para o secretário, as mortes refletem a “situação de intolerância dentro do assentamento” e foram estimuladas pela ganância de alguns madeireiros.
? Falta o Estado sim, mas o Estado como um todo. Faltam políticas públicas, não o Estado policial, mas o Estado que educa, que cuida da saúde, que ajuda a preservar a natureza e o homem, que dá ao colono a condição de trabalhar e criar sua renda ? disse Fernandes.
No fim de maio, quatro ambientalistas foram assassinados no Brasil ? três no Pará e um em Rondônia. Para a Comissão Pastoral da Terra, ligada à Igreja Católica, as listas dos que estão ameaçados chega a mil pessoas, sendo que 125 correm mais riscos.