O ministro da Justiça reafirmou que a invasão de propriedades privadas é uma questão de ordem pública de competência dos Estados. Mas, deixou claro que a Força Nacional de Segurança pode agir para conter a violência nas ações do MST.
? Se tiver algum tipo de pedido, aí o Ministério da Justiça examina. Nunca faltou a nenhum Estado o apoio do Ministério da Justiça quando solicitaram apoio da Força Nacional.
Sem querer entrar em polêmica, Tarso Genro preferiu não comentar as declarações de lideranças do MST, que invadiu, no fim de semana, uma fazenda do Grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. A coordenação do movimento teria afirmado que a invasão da propriedade, que fica no sul do Pará, foi uma resposta ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que condenou o repasse de verbas públicas a movimentos que agem na ilegalidade.
Para o ministro Tarso Genro, as invasões promovidas pelo MST não significam que está crescendo a violência no campo.
? Eu não vejo nenhum índice de aumento de violência. O que ocorre é uma mobilização dos movimentos sociais, em determinadas circunstâncias, de uma maneira mais arrojada.
Ao lado de Carlos Minc, Tarso assinou portarias criando a Guarda Ambiental: um grupamento formado por policiais e bombeiros da Força Nacional de Segurança que vão atuar no combate ao desmatamento e ao extrativismo ilegal. A partir de agora, Ibama e Polícia Federal podem requisitar o auxílio dos policiais, sem precisar da autorização dos Estados. Segundo o ministro Carlos Minc, a medida vai aumentar a fiscalização.
? São várias iniciativas conjuntas, que a gente reforça Ibama e Chico Mendes, Polícia Federal (voltada para a questão ambiental e para a Amazônia) e reforça os Estados (Bombeiros e Polícia Militar) com equipamentos e formação.