A decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de suspender a comercialização e distribuição de biodiesel no Rio Grande do Sul por 30 dias provocou reações da Frente Parlamentar do Biocombustível (FPBio).
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Segundo a bancada, a medida, tomada em caráter emergencial para auxiliar na logística de distribuição de combustíveis fósseis em meio às inundações que atingiram o estado, vai gerar um impacto negativo na produção de biodiesel e farelo de soja, além de prejudicar o setor de carnes.
O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da FPBio, critica a falta de análise por parte da ANP antes de tomar a decisão, que, segundo ele, amplifica os efeitos da calamidade que atingiu o estado.
“A indústria gaúcha de processamento de soja e produção de biodiesel vem operando em condições adversas (…) e em nenhum momento deixou de disponibilizar e abastecer o mercado consumidor de farelo de soja, óleo de soja e biodiesel”, diz texto de ofício assinado por Alceu Moreira, enviado à ANP.
O ofício informa que 89% das unidades produtoras de biodiesel no estado estão em operação e que há condições técnicas para o escoamento da produção.
Alceu Moreira sublinha que as usinas gaúchas estão com estoques elevados de biodiesel e que a decisão da ANP vai provocar um “prejuízo desnecessário”.
“A ANP tem orçamento para ressarcir esses setores e a economia gaúcha das perdas que sua decisão já está causando?”, questiona o palarmentar.