Segundo Luiz Perin, um dos coordenadores da jornada, são esperados para o evento trabalhadores sem terra, camponeses, comunidades tradicionais, estudantes, assentados, técnicos e pesquisadores. Um total de 20 entidades prepararam o encontro, entre elas a Via Campesina, o Fórum Regional de Entidades da Agricultura Familiar e a Rede Ecovida.
? Vamos discutir um novo modelo de produção para a agroecologia. Estamos preocupados em construir uma nova matriz tecnológica com sustentabilidade para as propriedades e os agricultores familiares, respeitando o uso de produtos sem agrotóxicos ? comentou Perin.
Segundo Perin, os agricultores familiares estão preocupados com o aumento do uso de agrotóxicos nas lavouras. Cerca de 90% da soja da região de Francisco Beltrão é transgênica e recentes pesquisas indicam, segundo os organizadores da jornada, a contaminação genética pelo milho alterado geneticamente no Paraná.
Debates, atos públicos e 40 oficinas relacionadas ao tema fazem parte da programação. Durante todo o evento, funcionará no local uma feira de produtos agroecológicos, troca de sementes e um túnel do tempo sobre o desenvolvimento da agricultura.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a agricultura familiar corresponde a 84,4% das unidades rurais do país. São cerca de 4,36 milhões de propriedades que envolvem em média a mão de obra de quatro trabalhadores por estabelecimento.