– Não fizemos nenhum investimento em logística e já estamos com frota de caminhões reduzida – afirmou após reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), que discutiu perspectivas para o setor em 2013 na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Segundo Pessôa, por causa disso, os agricultores não se beneficiarão totalmente da combinação mais do que favorável vinda da desvalorização cambial com preços internacionais remuneradores. Ainda assim, Pessôa prevê que a rentabilidade será “muito positiva” para milho e soja.
No caso do milho, estimou que as exportações brasileiras continuarão firmes. Além disso, a oferta só deve crescer com a safrinha, a ser plantada no inverno. No verão, a área cultivada com o cereal diminuiu (de 7,55 milhões de hectares em 2011/12 para 7,14 milhões de hectares em 2012/2013, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento).
– Os preços vão continuar elevados no 1º trimestre (de 2013) – disse, projetando US$ 7,0 o bushel, em média, na Bolsa de Chicago.
Para a soja ele também vê bons resultados para o agricultor brasileiro.
– 60% do farelo de soja brasileiro já foi comercializado. A ração permanecerá muito cara no 1º semestre do ano que vem. Já no 2º semestre, vai depender do tamanho da safra dos Estados Unidos – acrescentou.
A Agroconsult projeta preço médio da soja de US$ 13,50/bushel no atual ano-safra. A consultoria estimou a produção brasileira de soja em 83 milhões de toneladas em 2012/2013, acima dos 82,6 milhões de toneladas esperadas pela Conab. No caso do milho, a previsão é de 70 milhões de toneladas, sendo 33 milhões de toneladas no verão e 37 milhões de toneladas na safrinha 2013.