Desde dezembro de 2005, Santa Catarina teve seus embarques suspensos, devido a focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná. Os catarinenses, por serem vizinhos, foram prejudicados.
O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarnes), Ricardo Gouvêa, afirmou que o Ministério da Agricultura auditou 11 unidades e encaminhou nove para apreciação dos russos.
O presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster, está otimista. A agroindústria tem duas unidades em Chapecó que poderão retomar os embarques para a Rússia. Numa delas são abatidos 4,6 mil suínos por dia e, em outra, 1,8 mil. Atualmente a Aurora exporta pela unidade de Sarandi (RS), que abate 1,7 mil por dia.
Mercado interno
Lanznaster disse que somente a notícia de reabertura do mercado russo, aliado ao frio, já trouxe reflexos positivos no mercado interno. O quilo de carcaça que era vendido para os supermercados por R$ 2,80 voltou a ser comercializado acima de R$ 3,50 na semana passada.
? Há sinais de recuperação. Tanto que a partir de hoje, o preço do suíno vivo pago ao produtor em Santa Catarina deve aumentar R$ 0,10, passando de R$ 1,65 para R$ 1,75.
Ele só espera que notícias como um foco de peste suína clássica registrada no Maranhão não atrapalhem a recuperação das exportações.
Lanznaster e Gouvêa disseram que a retomada para a Rússia é importante, mas ainda há uma briga para aumentar a cota brasileira, que é de 170 mil toneladas. Sem esse aumento, os catarinenses terão de dividir a cota com o RS.
Se houver aumento, o Brasil venderia ainda mais. A expectativa do presidente do presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Wolmir de Souza, é de um acréscimo de 100 mil toneladas nos embarques com a retomada de Santa Catarina.