Fronteira oeste do Rio Grande do Sul quer usar potencial produtivo do arroz para expandir negócios

Uso do grão para produção de etanol pode ser alternativa ao desenvolvimento da regiãoMaior região produtora de arroz no Rio Grande do Sul, a fronteira oeste deve usar o potencial produtivo do grão para expandir negócios e inovar empreendimentos. O cereal que está na mesa dos brasileiros alimentou as discussões do Debates do Rio Grande, promovido pela Rádio Gaúcha, um veículo do Grupo RBS, em parceria com a Unimed RS, na noite dessa terça, dia 27, em São Borja (RS).

O etanol de arroz é o projeto que mais entusiasma a Fronteira Oeste. Diante do histórico de preços pouco atrativos para o cereal em saca, a ideia é diversificar buscando maior valor agregado.

No debate, ressaltou-se que as ações já começaram. Uma pesquisa patrocinada pela iniciativa privada analisa os locais que devem receber cerca de seis refinarias de etanol a partir do arroz no Estado. Pelo menos uma delas está reservada para a Fronteira Oeste, antecipa o painelista José Francisco Rangel.

? Por ser mais rico em carboidratos, o arroz rende mais como etanol do que o milho ? ressalta Rangel.

Hoje, o Estado importa 99% do etanol que consome do Paraná e de São Paulo. O plano é que, com as refinarias instaladas, seja produzido um bilhão de litros por ano de combustível. Além do etanol, o processo de produção resulta em sumo de arroz para ração animal e liberação de dióxido de carbono, usado na fabricação de fármacos.

Depois de definidas as cidades, o projeto entra na fase de captação de investidores, que poderão ter incentivos fiscais do governo do Estado.

Além de combustível feito a partir do arroz, foram sugeridas formas de estimular a produção primária, a vocação da região. Uma das soluções seria a irrigação do solo, para assegurar safras rentáveis de soja, milho e criação de gado e ovinos. Numa segunda etapa, viria a industrialização dos produtos.