– Haveria prejuízo aos produtores, aos empregos e aumento de contrabando ou de mercado ilegal no Brasil. Além disso, teria redução na exportação. Ninguém quer isso – ressalta o presidente do Sindicato Interestadual do Tabaco (Sinditabaco), Iro Schünke.
O setor entregou um manifesto à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e à Anvisa, nesta quarta, dia 7, sugerindo o cancelamento da resolução e a criação de um comitê composto de representantes de diversas áreas para discutir o assunto, conforme o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Podutiva do Tabaco, Romeu Schneider.
– Dentro desta Câmara participariam inclusive representantes da Anvisa, do governo, da área de produção, sem dúvida nenhuma. Para que todos os setores estivessem envolvidos e pudessem discutir abertamente, com toda a transparência, este assunto – aponta.
Um projeto de lei para regularização da produção tramita na Câmara dos Deputados. A proposta prevê a proibição de aditivos, como sabores de chocolate e baunilha. Seriam permitidos, no entanto, o açúcar, para repor as perdas ocorridas durante a secagem do tabaco, o mentol e o cravo, segundo explica o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS).
– Ela proíbe tudo aquilo que venha a estimular o consumo de cigarro, preservando apenas as características do consumidor brasileiro. Assim, não incentivamos o contrabando e temos segurança do produto que está sendo vendido ou ofertado – afirma.