Sem data para encerrar o protesto pacífico, os produtores de fumo dizem que só vão permitir a entrada e saída de caminhões quando representantes das empresas e do governo sentarem para discutir o preço do fumo.
Os produtores rurais dizem que o pagamento pela arroba (15 quilos) do fumo está em média 40% menor em relação ao ano passado. De R$ 116 baixou para, em média, R$ 70. O fumicultor e um dos líderes do movimento, Lucas Kemper, afirma que o valor pago caiu mesmo fumo tendo qualidade igual a da safra passada.
João Rodrigues, secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, diz que ainda não recebeu um documento informando a solicitação de reunião. Ele afirma que o governo não tem instrumentos para forçar um aumento, mas sim garantir que o pagamento seja feito de acordo com as normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e intermediar as conversas entre produtores e empresas.
A Souza Cruz não quis comentar o protesto. Por meio de nota encaminhada pela assessoria de comunicação, a empresa disse que, na negociação com os produtores rurais, ocorrida em janeiro, a companhia decidiu pagar R$ 7,78 pelo quilo do fumo. O valor representa reajuste de 10% sobre a tabela de preços da Souza Cruz referente a safra 2008/2009.
Segundo os manifestantes, dez indústrias tabagistas de Rio do Sul, Ituporanga, Apiúna, Atalanta, Atalanta, Taió, Agronômica e Pouso Redondo estão paradas.