No início das negociações, em dezembro, os produtores pediam um aumento de 27,9% na tabela praticada na safra passada. Mas acabaram se contentando com o reajuste definido nessa terça. Na classe de tabaco mais valorizada, a BO1, da variedade virgínia, por exemplo, o preço da arroba (15 quilos) subiu de R$ 93,75 para R$ 106,05.
A nova tabela é retroativa ao início da comercialização do fumo entre produtores e empresas, em dezembro, e a quantidade adquirida antes disso terá de ser reajustada com o novo preço. O encontro dessa terça também determinou que o pagamento aos fumicultores seja feito até o quarto dia útil à data de entrega.
? Exceções a essa determinação até poderão ser feitas, mas somente após negociações individuais ? explica o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner.
No entanto, a grande novidade para o setor envolverá o início das negociações do preço do tabaco já para a próxima safra. Em vez de as discussões começarem somente em dezembro, o processo passa a ser iniciado ainda em julho deste ano, no plantio.
? Esta era uma antiga reivindicação dos produtores, que preferem plantar já sabendo o preço que irão receber ? destaca Werner.
Até agora, apenas 22% do tabaco produzido foi vendido para as indústrias nos três Estados do Sul ? média baixa para o período.