Fumicultores pedem apoio de ministro para participar de conferência internacional

Evento ocorre em novembro e vai debater a redução do consumo de tabaco no mundo

Fonte: MDA/Divulgação

Produtores de fumo vão pedir apoio ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para participar de uma conferência internacional que incentiva a redução do consumo do tabaco no mundo. O assunto foi tema de debate nesta quarta-feira, na Câmara Setorial do Tabaco, em Brasília.

Os produtores querem integrar a comitiva brasileira que vai representar o país na sétima conferência das partes, a COP 7, que acontece na Índia, em novembro. O setor quer colaborar com o quadro para o controle do tabaco e reclama nunca ter sido convidado a participar oficialmente das decisões do grupo.

“O que a gente precisaria saber antes da COP é qual é a posição brasileira. Como o Brasil é um protagonista na convenção-quadro, as posições brasileiras têm sido acompanhadas em vários assuntos por outros países, então seria bom que a gente soubesse antes pra que houvesse um melhor equilíbrio entre as questões relacionadas à saúde, que a indústria respeita, com a importância social e econômica que o tabaco representa no Brasil”, disse o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco Iro Schunke.

O deputado Luis Carlos Heinze esteve no debate da Câmara Setorial do tabaco e disse que vai unir forças com outros parlamentares e o setor produtivo para pedir apoio ao ministro da Agriculturana formação da comitiva brasileira.

“Junto às áreas, por exemplo, Ministérios das Relações Exteriores que hoje tem um ex-ministro da saúde, que á o José Serra, que também combatia o fumo e entende essa importância econômica e social da atividade”, comentou.

O setor também discutiu sobre uma resolução do Banco Central que limitou o acesso de fumicultores ao crédito de investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A linha que incentiva a diversificação de culturas em áreas de cultivo de fumo teve restrições, mas os produtores acreditam que ainda dá tempo de virar o jogo.

“Já houve uma medida similar, há três anos, que foi revertida junto ao Banco Central. Nós esperamos que isso aconteça de novo porque essa suspensão do crédito de Pronaf ao produtor de tabaco dificulta demais a própria diversificação. A regra não precisaria ser tão rígida que deixasse isso engessado”, disse Airton Artus, presidente da Câmara Setorial do Tabaco.