Segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a desvalorização do tabaco na safra passada chegou a 22,8%. O quilo do produto, que era vendido, em média a R$ 6,49, não passou de R$ 5,01.
No município de Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo, interior do Rio Grande do Sul, o produtor Norberto Ebert já iniciou a colheita do tabaco. O fumicultor espera uma melhor remuneração do que na última safra, quando teve dificuldade para cobrir o custo de produção.
? Foi muito ruim o ano passado. Os insumos e a mão de obra aumentaram e na hora de vender o fumo ninguém dá valor ? reclama Ebert.
A primeira reunião para a definição da tabela de preço da safra 2011/2012 a ser acertada com a indústria está marcada para o dia 13 de dezembro. Para o presidente da Afubra, Benício Werner, a oferta e a demanda de tabaco no mercado é que vão definir quanto o agricultor vai ganhar na venda do produto. Para conseguir isso, a área de plantio foi diminuída em 10%.
? Na última reunião dos países produtores de tabaco, foi consenso que a diminuição da área de plantio é a única forma de obtermos lucratividade. Isso porque a demanda por tabaco no mercado internacional tende a aumentar ? explica Werner.
A estimativa é de que a produção fique em 670 mil toneladas de fumo no Sul do Brasil. Até o momento, a colheita atinge cerca de 15% da safra.