Os funcionários da Dedini Indústrias de Base em Piracicaba (SP) devem continuar em greve pelo menos até a próxima segunda-feira, dia 27. O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do município, Carlos Pereira dos Santos, afirmou que foi realizada nesta quarta-feira, dia 22, uma reunião entre representantes da Prefeitura, da companhia, dos trabalhadores e do próprio sindicato. Ficou acertado que a empresa tem até o início da próxima semana para apresentar esclarecimentos sobre atrasos no pagamento de salários e possibilidade de demissão em massa.
Conforme Pereira do Santos, a Dedini não realizou o pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de funcionários desligados há mais de cinco anos. As rescisões de trabalhadores demitidos entre novembro e fevereiro últimos também estariam atrasadas, assim como o salário do corpo administrativo. “Pedimos também para que não se demita mais ninguém e queremos saber sobre o futuro da empresa, se será vendida ou se pode quebrar”, afirmou ele.
O diretor do sindicato informou que uma assembleia será realizada na segunda-feira para discutir a continuidade da greve, iniciada no último dia 20 e que envolve todos os 1.600 funcionários. Segundo ele, tudo dependerá do que a Dedini apresentar até lá.
A Dedini passa por dificuldades financeiras desde a crise do crédito de 2008, na esteira dos problemas enfrentados pelo setor sucroenergético nacional. A companhia é uma das principais fabricantes de equipamentos para usinas de cana-de-açúcar. A reportagem não conseguiu localizar nenhum porta-voz da companhia para comentar o assunto até o fechamento deste texto.