A informação foi ratificada pelo Fundecitrus quase um mês após a Agência Estado antecipar, em 23 de dezembro, a decisão tomada pelo conselho deliberativo da entidade.
Segundo comunicado divulgado pelo Fundecitrus, um novo convênio a ser assinado entre a entidade e o governo paulista “visa maior enfoque na conscientização e educação fitossanitária, prestação de serviços e capacitação de produtores”.
O Fundecitrus admitiu ainda que a decisão de deixar as ações de campo na defesa sanitária foi tomada porque a inspeção e a fiscalização não evitaram a perda de controle do greening, considerada a pior doença da citricultura.
“As novas diretrizes foram necessárias, pois as ações de controle do greening foram insuficientes frente à dinâmica da doença” informa o documento, o qual aponta que, em cinco anos, a incidência de talhões com a presença da doença passou de 3,4% para 24%.
“Dessa forma, o Fundecitrus vem buscando mecanismos que se mostrem mais efetivos no manejo da doença”.
O Fundecitrus não informou oficialmente, entretanto, o destino da equipe de 1,4 mil funcionários que trabalham na operação de campo, bem como qual será o orçamento para 2010.
Segundo conselheiros da entidade, a decisão do Fundecitrus representará uma queda de 80% no orçamento anual – que sairá dos atuais R$ 50 milhões para R$ 10 milhões – e o quadro de inspetores deve cair para entre 150 e 200, restrito apenas a outras ações de campo, como o controle do cancro cítrico.