Representantes do Fundecitrus cobraram o desenvolvimento de novos fungicidas para evitar a resistência do fungo aos produtos já existentes. Sem o carbendazim, os produtos utilizados contra doenças como pinta preta e podridão floral dos citros são basicamente os à base de cobre, com formulações antigas e sujeitas à resistência das pragas.
– Pretendemos dar todo apoio às indústrias de defensivos no processo de apuração e avaliação de novas moléculas para que haja alternativas para o citricultor o mais rapidamente possível – informa o presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco.
Segundo o Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos de Defesa Agrícola (Sindag), uma nova molécula custa US$ 250 milhões e o processo de registro no Brasil de um novo produto leva, pelo menos, quatro anos. Atualmente, segundo o Sindag, seis propostas de registros de novos fungicidas para citros tramitam na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Ministério da Agricultura e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mas apenas um começou a ser avaliado.
– Essa demora em competir com as doenças e pragas, que mudam rapidamente, pode inviabilizar regiões produtoras – alerta Monaco.