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Funrural pode abocanhar 25% da safra de soja do Rio Grande do Sul

Segundo o secretário de agricultura do estado, a cobrança pode inviabilizar a cultura em algumas regiões

Bruna Essig, de Tupanciretã
No Rio Grande do Sul, produtores de soja estão preocupados com o pagamento do Funrural e o governo estadual acredita que a cobrança poderá inviabilizar a produção. Já entidades que representam os agricultores concordam que o tributo deve ser pago, mas defendem que os valores retroativos tenham um sistema de pagamento diferenciado.

Os produtores rurais não concordam em nada com esta cobrança. Na propriedade do sojicultor Armindo Mugnol, o INSS dos funcionários já era recolhido e ele achava que com isso estava contribuindo com a previdência. Após o Supremo Tribunal Federal considerar constitucional a cobrança do Funrural, ele começa a refazer as contas de quanto terá que gastar.

“O que está acontecendo conosco é uma atrocidade. Imagina tirar 2,3% da margem bruta? Isso vai representar no mínimo uns 8% a 10% da lucratividade. Pode não parecer muito, mas isso é um suicídio que estão impondo ao produtor”, explica Mugnol.

O secretário de agricultura do estado concorda que a cobrança é ruim, e ressalta que isso pode inviabilizar a produção de soja não só no Rio Grande do Sul, como em outros lugares. “Principalmente a soja, que é a maior cultura pelo volume que tem de produção, isso dá, sem dúvida, um volume significativo financeiro. Eu diria que tira, se você contar só a safra atual, uns 25% a 30% de toda a safra”, diz Ernani Polo, secretário de agricultura do Rio Grande do Sul.

O único que concorda com o pagamento do Funrural, mas discorda da forma proposta é o presidente do Clube Amigos da Terra, de Tupanciretã (RS). Ele defende que é preciso negociar o pagamento retroativo. “Nossa dúvida é quantificar quanto isso afetará. Uns falam em 10%, outros chegam a falar em até 50%. Mas, que o impacto é grande, insuportável por causa dessa carga tributária, isso é. Precisamos saber o quanto é justo pagar e, principalmente em que condições e prazo”, finaliza Almir Rebelo.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil) comentou que uma equipe formada por integrantes da Frente Parlamentar e do Instituto Pensar Agro estão em Brasília conversando com cada um dos ministros do Supremo Tribunal Federal que votaram a constitucionalidade do pagamento. “Nós produtores temos que esperar alguma definição da lei, ou seja, um acórdão do Supremo Tribunal Federal, que pode sair em até 120 dias. Enquanto isso, estamos conversando com eles para mostrar o grande problema que a possível dívida impagável nos trará, principalmente na próxima safra”, garante Marcos da Rosa.

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