Fusão entre JBS e Matone amplia crédito a pecuaristas

Novo banco, que terá patrimônio líquido de R$ 550 milhões, deve sair em três mesesO Banco JBS vai dobrar a disponibilidade de crédito aos pecuaristas dentro de um ano e meio. A previsão foi feita nesta segunda, dia 14, em São Paulo, durante o anúncio da fusão com o Banco Matone. Com a negociação, a carteira de crédito da nova instituição pode chegar a R$ 6 bilhões. A ideia, segundo os executivos das duas empresas, é ampliar a atuação das duas instituições no mercado.

? Um dos principais motivos que nos levou a isso é exatamente a experiência deles no varejo, da família, do banco que tem mais de mil funcionários, com 85 lojas, de aprender com eles do que diz respeito ao varejo ? diz Joesley Batista, presidente do J&F.

O novo banco começa com um patrimônio líquido de R$ 550 milhões.

? Sem dúvida, o crédito vai expandir bastante. Não só para o produtor, mas também para o lado da pessoa física. Os dois bancos juntos têm hoje em torno de R$ 300 milhões. Nós queremos capitalizar outros R$ 300 milhões, o que vai possibilitar um ativo perto de R$ 6 bilhões. Assim nós daremos mais crédito ? completa o presidente.

A fusão foi anunciada pelos presidentes do Banco Matone, Alberto Matone, do Banco JBS, Emerson Loureiro, e pelo Presidente da J&F, Participações Financeiras, Joesley Batista. A J&F, que controla todas as empresas da família Batista, vai ter 60% de participação no novo banco. A Matone Holding ficará com os outros 40%. O nome da instituição ainda não está definido. A ideia é criar uma marca nova, que não associe a empresa apenas aos negócios na pecuária.

A fusão precisa ser avaliada pelo Banco Central. Os empresários acreditam que ela pode ser aprovada em três meses.