A suspensão foi pedida primeiramente pelo credor J.P.Morgan. Segundo o advogado do banco, a solicitação teve como objetivo dar tempo aos representantes do Independência de realizar uma melhor análise de liquidação dos ativos. Em seguida, os pecuaristas apoiaram a proposta para ter prazo para montar uma proposta de aquisição de uma unidade do frigorífico.
A dívida da companhia chega a R$ 4 bilhões. Para pagar o que deve, em março do ano passado, foi aprovado um plano que até começou a ser colocado em prática. Mas, das 36 parcelas que deveriam ser quitadas, somente seis foram honradas pela companhia. De lá pra cá, foram muitas assembleias, desentendimentos e negociações, sem nenhum acordo.
Conforme adiantou nessa quinta, dia 28, é consenso entre os credores que as propostas recebidas para a venda dos ativos da companhia têm valores muito mais baixos que o piso determinado no edital do leilão judicial. A melhor oferta apresentada para a compra da totalidade dos ativos do Independência cobre apenas 35% do valor avaliado pela companhia, de R$ 706,922 milhões.
Essa oferta é de R$ 250 milhões, e foi feita pela Alfredo Kaefer Cia e Ltda., de Cascavel (PR), empresa do deputado federal homônimo do PSDB-PR, também proprietário do frigorífico de aves Diplomata e da rede curitibana de supermercados SuperDip.