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Agronegócio

Gafanhotos: Argentina realizará novo combate aéreo nesta quinta-feira

Além disso, no Norte do país vizinho, os técnicos do Senasa seguem rastreando a segunda nuvem que chegou do Paraguai no inicio de junho

Técnicos do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) programaram para esta quinta-feira, 23, uma nova aplicação aérea contra a nuvem de gafanhotos que segue próximo à cidade de Federación, junto à fronteira com o Uruguai na província de entre Rios. As informações foram repassadas pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).

Os gafanhotos haviam decolado por volta do meio-dia desta quarta-feira, 22, depois que uma operação de pulverização aérea que acabou frustrada devido ao nevoeiro na região, que fica junto ao Rio Uruguai. Ainda ontem, após localizar o novo ponto da nuvem, a equipe do governo argentino demarcou o perímetro para a aplicação.

A nuvem de insetos junto ao Uruguai é a mesma que saiu em maio do Paraguai e chegou em junho na província de Corrientes, no território argentino junto a Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O que fez o Ministério da Agricultura Brasileiro decretar Emergência Fitossanitária nos dois Estados. Devido ao risco dos gafanhotos entrarem no Brasil – risco que ainda prevalece, caso os insetos não sejam eliminados.

Foto: Senasa/Divulgação

Ao mesmo tempo, no norte da Argentina, a quarta-feira foi de buscas à segunda nuvem de insetos, que havia entrado no País na última segunda-feira, 20, pela província de Formosa, vinda do Paraguai. Os insetos foram avistados no dia seguinte na província do Chaco e os técnicos do Senasa seguem procurando a nuvem nesta quinta-feira. Eles devem seguir indicação de produtores que teriam avistado os insetos ontem à tarde perto da cidade de Las Hachera, na divisa entre as duas províncias

Ajustes no Brasil 

Enquanto isso, no Brasil, uma videoconferência realizada nesta quarta, 22, serviu para esclarecer dúvidas, alinhar informações e para os últimos ajustes nos planos de emergência para uma eventual entrada da praga no Brasil.

O encontro foi promovido pelo senador Luis Carlos Heinze e teve a participação de representantes do presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Thiago Magalhães Silva; do chefe do departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura (Mapa), Carlos Goulart, Ministério da Agricultura; dos secretários estaduais de Agricultura do RS, Covatti Filho, e do MS, Jaime Verruck, além do chefe do departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, Carlos Goulart. Além de outras autoridades dos quatro órgãos e especialistas.
A reunião contou ainda com o chefe do Programa Nacional de Gafanhotos e Ticuras da Argentina, Hector Emílio Medina.

“A presença de autoridades do MS foi pelo receito de que a segunda detectada esta semana na Argentina pudesse se dirigir a oeste, entrando no País pela região entre o norte do paraná e o Mato Grosso do Sul. O que, em princípio, foi descartado pelo Ministério da Agricultura e pelo representantes do Senasa, devido à direção dos ventos na região – que tendem a levar a nuvem para direção sul”, disse o departamento em nota.

Quanto aos preparativos no Rio Grande do Sul, o secretário Covatti Filho confirmou a disponibilidade de R$ 600 mil do governo federal ao Estado, para eventuais ações contra os gafanhotos. “Os recursos são para 21 um dias de operações contra os insetos”, destacou o secretário, que estava em Brasília, onde havia se reunido presencialmente com a ministra Tereza Cristina.

Covatti filho destacou que a Secretaria já tem mapeados os estoques de produtos a serem usados contra os insetos (entre os fornecedores de insumos) e o mapa do Sindag, com a disponibilidade de aeronaves para um eventual combate aos insetos. Conforme o sindicato aeroagrícola, são cerca de 70 aviões em prontidão, em vários pontos na região de fronteira, podendo chegar a mais, caso seja necessário – o Estado tem a segunda maior frota aeroagrícola do país, com mais de 400 aeronaves.

O Estado vem monitorando a área de fronteira desde junho. Nesse meio tempo, já realizou também dois cursos preparando técnicos da Emater e da Secretaria de Agricultura para rastreamento e identificação de nuvens de gafanhotos no Estado – casos eles tenham que ser perseguidos no território gaúcho.

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