A nuvem de gafanhotos que está na Argentina voltou a se deslocar no país vizinho. Depois de alguns dias estacionados, com as temperaturas elevadas, os insetos se movimentaram. O fato deixou técnicos do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) em alerta.
Além deste assunto, temas como previsão do tempo para julho e chances do fenômeno La Niña lideraram a audiência nesta semana. Confira!
5-Chance de La Niña sobe para 50%; veja o que isso significa para o agro
A última atualização do Departamento de Meteorologia da Universidade de Colúmbia nos Estados Unidos, IRI, aumentou de 46% para 50% a chance de La Niña no trimestre dos meses de agosto, setembro, outubro. Meteorologistas da Somar ressaltam que os efeitos do fenômeno podem ser sentidos bem antes da sua configuração, a exemplo do que já está ocorrendo em boa parte do Brasil.
4-Alexandre Garcia: Retomada da economia já está acontecendo
A economia, após os impactos da crise do coronavírus, já dá sinais de que está sendo retomada, diz o comentarista do Canal Rural Alexandre Garcia. “Aqui em casa, na zona rural de Brasília, tenho um marcador confiável, é o barulho dos aviões. Eu passei 90 dias sem ouvir esse barulho e agora o barulho voltou. Isso é o sinal da retomada, o Brasil está decolando, literalmente”, diz.
Garcia vê com bons olhos esse momento, mas afirma que ainda é preciso eliminar a burocracia e a insegurança jurídica, que na visão dele, atrapalha os capitais externos, internos e a atividade econômica.
3-Tempo em julho: frio extremo e chuvas devem ficar mais restritos ao RS
Neste fim de semana uma nova frente fria chega ao Rio Grande do Sul e, entre sábado e domingo, há previsão de nebulosidade e chuvas fracas sobre o estado. Na sequência da passagem da frente fria, como é comum nesta época do ano, teremos a entrada de uma massa de ar de origem polar. Na próxima segunda-feira, 13, há previsão de forte queda de temperatura, com chances de geadas apenas no Rio Grande do Sul, principalmente na região da Campanha e fronteira oeste.
A partir da quinta-feira, 16, a massa de ar polar perde intensidade e se desloca para o oceano Atlântico, com isso o frio não deve atingir nem mesmo Santa Catarina e Paraná, que devem ter apenas queda de temperatura, mas longe do risco da formação de geadas. Mato Grosso do Sul e parte do Sudeste não vão sentir a atuação desta onda de frio.
Aliás, até o fim de julho, não há expectativa de frio intenso, algo que só deve acontecer no início de agosto. Mesmo assim, as últimas atualizações dos modelos numéricos de previsão do tempo não estão indicando riscos para geadas por enquanto em boa parte do Sul.
2-Tempo: veja o que a meteorologia prevê para o mês de julho
A Somar Meteorologia afirma que o mês de julho começa com a entrada de uma massa de ar de origem polar que vai levar geadas à região Sul. Mas isso não significa que o mês terá frio rigoroso. Pelo contrário: na média, as temperaturas devem ficar acima do normal em grande parte do Brasil, já que não haverá frio extremo e duradouro. As chuvas também devem ficar ligeiramente abaixo da média no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
1-Gafanhotos voltam a se deslocar na Argentina; nuvem está a 180 km do Brasil
Com as temperaturas mais elevada na província de Corrientes, na Argentina, a nuvem de gafanhotos que desde junho vem colocando em alerta autoridades e produtores do país e do Brasil e Uruguai voltou a se deslocar. Os insetos teriam voado na quinta-feira, 9, por cerca de 10 quilômetros ao sudeste de onde estavam desde domingo, 5, no interior do departamento de Curuzú Quatiá. O local fica a cerca de 180 quilômetros de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
Os gafanhotos sul-americanos (schistocerca cancellata) que estão em Corrientes vêm sendo monitorados desde maio, quando voaram do Paraguai para a Argentina. Apesar de nuvens de gafanhotos serem relativamente comuns na região na fronteira entre a Bolívia, Paraguai e o norte da Argentina, há cerca de 70 anos um grupo tão grande de insetos não descia até próximo à região da fronteira argentina com Brasil e Uruguai.
A nuvem chegou a ter, em voo, 10 quilômetros de comprimentos por três de largura. O que dá cerca de 400 milhões de gafanhotos, pelos cálculos do Senasa. Com a voracidade desse tipo de inseto (que come plantações, pastagens e outros vegetais onde pousa), o grupo é capaz de consumir, em um dia, lavouras que alimentariam 35 mil pessoas.
Os argentinos chegaram a realizar duas operações aéreas contra os gafanhotos, nos dias 26 de junho e no último dia 2. Em cada uma delas, a estimativa é de que se tenha eliminado 15% da nuvem. Para uma operação, os técnicos precisam encontrar o local de pouso dos insetos e fazer o levantamento de seu perímetro. A partir daí, os dados são repassados para o operador de aviação agrícola, que faz a aplicação sobre os gafanhotos pousados – no fim da tarde ou pela manhã, antes que decolem novamente.