Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Ganhadores do Nobel de economia defendem redução agressiva de impostos

Segundo economistas americanos, a diminuição dos impostos irá incentivar o retorno do crescimento mundialReduzir os impostos das pessoas jurídicas pode ser o começo da recuperação econômica mundial. A avaliação é dos economistas Robert Mundell, Nobel de Economia em 1999 e "pai" do Euro, e Edward Prescott, ganhador do mesmo prêmio em 2004. Eles participaram do Exame Fórum, evento realizado nesta semana, em São Paulo, com o tema A Crise Global e as Alternativas para a Reconstrução da Economia.

? Acredito que a próxima etapa de combate à recessão tanto nos Estados Unidos como na Europa seja de redução de impostos e novos rumos para os lucros das empresas ? diz Mundell.

Segundo ele, a Alemanha, que nos últimos anos tinha o maior imposto do mundo para pessoas jurídicas (38%), reduziu os impostos para 15%.

? Esse é um sinal que nos dá esperança ? afirma o economista.

Mundell, que também é professor da Universidade de Columbia, identificou os cinco “bodes” que deram “contribuição” importante para a eclosão da crise: Lewis S. Ranieri (pai da securitização); Alan Greenspan (ex-presidente do Banco Central Americano), Maurice Greenberg (fundador da AIG), Ben Bernanke (presidente do Federal Reserve) e Henry Paulson (ex-secretário do Tesouro americano).

Para sair da crise, ele sugere alternativas políticas nada ortodoxas, como distribuição, pelo governo americano, de vouchers à população para serem gastos em até três meses. Mundell diz que a China tem usado este sistema. Outra saída é uma moeda corrente internacionalizada, mas ele mesmo rebate.

? A Europa não está interessada nisso.

A redução de impostos também é apontada como solução pelo economista Edward Prescott.

? A única coisa que vai levar a economia real a se recuperar é a queda dos impostos ? disse.

O economista, porém, mostra-se descrente de que essa medida seja adotada pelo presidente americano, Barack Obama, ou por outros países.

Década perdida

Os economistas americanos se mostraram muito pessimistas em relação à crise mundial e uma recuperação a curto prazo. Outro Nobel, Joseph Stiglitz, acredita que o futuro da economia será “sombrio”, com uma “década perdida nos Estados Unidos ou, no melhor dos cenários, um longo período de crescimento muito baixo”.

Segundo o especialista, o plano de socorro americano é falho e o governo americano está gastando muito dinheiro para tirar o país da crise e precisará, em breve, cortar gastos.

? A tempestade está apenas começando. O desemprego é crescente. Deverão acontecer mais execuções hipotecárias ? diz Stiglitz, que calcula que a perda dos Estados Unidos será na casa dos trilhões de dólares.

Stiglitz criticou duramente as agências de classificação de risco que acreditavam, segundo ele, em uma alquimia financeira.

? As agências de risco acreditavam que era possível converter chumbo em ouro, transformaram hipotecas subprime em títulos de classificação A, permitindo que eles fossem vendidos aos fundos de pensão ? afirmou.

Dinheiro barato e regulamentação frouxa, disse o especialista, formaram uma bomba explosiva. Para tentar sair da crise, Stiglitz, professor da Universidade de Columbia, diz que é preciso uma segunda rodada de estímulo.

? Mas há um consenso de que mesmo um grande estímulo não vai cuidar do problema. Quando acabar a recessão, entraremos num período de desconforto, e não de forte crescimento.

Sair da versão mobile