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Gargalo para escoar safra pode virar empecilho para o crescimento do agronegócio no Brasil, diz CHS

Segundo cooperativa norte-americana, deficiência logística brasileira pode levar compradores a buscar grãos com outros fornecedoresO investimento em infraestrutura no Brasil para escoamento da safra agrícola, até o momento, é "o mínimo para continuarmos com os problemas existentes", afirmou nesta quinta, dia 13, o presidente no Brasil da cooperativa norte-americana CHS, Stefano Rettore.

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– Se não fizermos tudo o que está sendo previsto, o gargalo pode virar empecilho para o crescimento do agronegócio no Brasil – salientou.

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O executivo, que comanda a operação da cooperativa na América Latina, ressalta que os gargalos logísticos brasileiros podem levar compradores a buscar grãos com outros fornecedores e, na prática, reduzir o market share do país no longo prazo.

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– Cada vez que a gente atrasa uma entrega porque o navio fica 90 dias esperando no porto, aquele cliente vai olhar com mais carinho para outros países que possam cumprir o prazo – acrescentou.

Na América Latina, a CHS opera como uma trading, a exemplo das gigantes Cargill, Bunge e ADM. A CHS é considerada a maior cooperativa de agricultores dos Estados Unidos. No último ano, foram movimentados 5 milhões de toneladas de produtos agrícolas pela cooperativa na região. Só no Brasil, foram 2,2 milhões de toneladas de soja, 800 mil toneladas de milho e 500 mil toneladas em fertilizantes, detalhou Rettore. Ele reforçou a meta de dobrar a movimentação de cargas, para 10 milhões de toneladas, até a safra 2017/2018.

Para ampliar a capacidade de movimentação de grãos, a cooperativa é sócia de um dos quatro terminais no Porto de Itaqui (MA), que deve começar a operar em junho deste ano. O terminal terá capacidade para movimentar 2,5 milhões de toneladas por ano e, o porto todo, 10 milhões de toneladas por ano. Com o início da operação em junho, já em 2014 a expectativa é de que cerca de 1 milhão de toneladas sejam exportadas a partir do terminal, segundo o executivo.

Além da movimentação de grãos, o etanol deve ganhar espaço nos negócios da CHS no país, com a compra e revenda do biocombustível tanto no mercado interno quanto para exportações. Nos Estados Unidos, a cooperativa de capital aberto listada da Nasdaq, já atua no segmento de energia fóssil e renovável.

Rettore não informou quanto a CHS pretende investir no país, mas ressaltou que o valor mínimo é de US$ 225 milhões, receita da venda da participação que a cooperativa tinha na trading brasileira Multigrain para a japonesa Mitsui. Ele participou de seminário promovido pelo Centro de Conhecimento em Agronegócios (Pensa/USP), em São Paulo. 

Agência Estado
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