O Canal Rural conseguiu com exclusividade um levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) em parceria com o Projeto Campo Futuro do Sistema CNA/Senar, que mostra a evolução da relação de troca – o chamado custo operacional – do milho e da soja nos estados do Paraná e Mato Grosso.
No levantamento, o Cepea também simulou os gastos médios com fertilizantes para a produção de soja e milho segunda safra.
No caso dos sojicultores de Mato Grosso, o custo com fertilizantes aumentou de 8,59 sacas por hectare para 16,63 sacas por hectare. Uma alta de 93%.
Já para os produtores do Paraná, os gastos representavam 6,69 sacas por hectare no ano passado e passaram para 13,25 sacas por hectare neste ano. Aumento de 98%.
Para o milho segunda safra de mato grosso, os custos com fertilizantes saíram de 11,2 sacas por hectare para 24,54 sacas por hectare. Uma alta de quase 120%.
Os gastos com o milho no Paraná subiram de 10,32 sacas por hectare para 26 sacas por hectare. O que representa um crescimento de 150%.
“O poder de compra foi reprimindo, sofrendo ajustes. Foi preciso aumentar a quantidade de soja e milho para ter os fertilizantes. Além disso, dentro do grupo de fertilizantes, temos o glifosato, que vem sofrendo forte ajuste durante o ano de 2021 e que reflete no total dessa elevação na quantidade de produtos agrícolas para fazer o fechamento da conta por hectare”, diz Mauro Osaki, pesquisador da área de custos agrícolas do Cepea.