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Agricultura

Gasto médio mensal das famílias é 45,3% menor na área rural, aponta IBGE

Dentro do grupo de despesas de consumo são mais representativos os segmentos de habitação com 36,6%, transporte, 18,1%, e alimentação com 17,5%

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Foto: Pixabay

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017/2018 , divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , confirma que a vida é mais cara na área urbana do que na rural. “Por isso, há um nível de despesas mais alto em áreas urbanas do que nas rurais. A despesa média da família na área urbana chega a ser quase o dobro da rural”, disse o gerente do estudo, André Martins.

A despesa total média mensal das famílias brasileiras atingiu R$ 4,6 mil no biênio. Na área urbana, o gasto total médio foi de R$ 4,9 mil, com aumento de 7,2% em comparação ao valor nacional, enquanto na área rural o valor da despesa atingiu R$ 2,5 ou seja, 45,3% inferior ao gasto médio.

O IBGE classifica as despesas em três grupos:  correntes, aumento do ativo e diminuição do passivo. Os gastos correntes concentram o maior percentual de gastos, com 92,7%, e formam dois grupos: as despesas de consumo, que são os gastos feitos no dia a dia e que correspondem a 81% dos gastos totais; e outras obrigações correntes como impostos, contribuições trabalhistas, serviços bancários, pensões, mesadas e doações.

Mais representativos

Dentro do grupo de despesas de consumo são mais representativos os segmentos de habitação com 36,6%, transporte, 18,1%, e alimentação com 17,5%.“O transporte, nessa pesquisa, ganhou o segundo lugar. Botou alimentação no terceiro plano”. Juntos, os três segmentos respondem por boa parte das despesas de consumo.

“Os outros setores dividem o que sobra”, afirmou. Assistência à saúde, por exemplo, tem participação de 8% e educação, 4,7%. A assistência à saúde tem participação crescente desde o Estudo Nacional da Despesa Familiar (Endef) 1974/1975, quando somava 4,1%.

Na área rural, embora habitação se mantenha em primeiro lugar com 30,9%, transporte perde a segunda posição para 20% para alimentação, que participa nas despesas de consumo com 23,8%.

Alimentação fora de casa

A pesquisa 2002/2003 já havia observado uma participação relevante da alimentação fora do domicílio nos gastos das famílias brasileiras. Analisando as despesas com alimentação, a POF 2017/2018 aponta que um terço desses gastos é dedicado a pagamento de alimentação fora do domicílio.

Na área urbana, esses gastos com alimentação fora de casa evoluíram de 25,7%, em 2002, para 33,9% no estudo divulgado hoje, e com estabilidade ante a pesquisa de 2008 quando o índice alcançou 33,1%. Já na área rural, subiram de 13,1% para 24,%.

Embora a alimentação fora do domicílio tenha ficado estável no Brasil nos últimos anos, o IBGE informou que, em termos regionais, o Nordeste, o Centro-Oeste e o Sul tiveram expansão significativa nesse tipo de gasto, passando de 23,5%, 30,1% e 27,7% na pesquisa anterior para 32,3%, 38% e 31,1%, na atual, respectivamente.

No item alimentação no domicílio, o levantamento atual evidencia que o grupo de produtos compostos de carne, vísceras e pescados segue liderando a despesa média mensal das famílias, com 20,2% do total, com maior peso na Região Norte com 27,1%, e menor no Sudeste, 18,1%. Esse grupo de produtos indica queda em comparação ao estudo anterior, quando atingiu 21,9% dos gastos.

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