– Os efeitos da geada para o trigo vão aparecer nos próximos dias – disse engenheiro agrônomo.
As lavouras estão enchendo os grãos, fase considerada a mais crítica para o frio intenso. Nessa etapa, a geada bloqueia o transporte da seiva e murcha o grão.
A região é a maior produtora de trigo do Estado, respondendo por 75% das lavouras paulistas do cereal. Levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria feito antes da geada previa produção de 147,8 mil toneladas de trigo nesta safra, 38,3% mais que na anterior. A área cultivada aumentou 35,3%.
Em Itapeva, a temperatura chegou a 0,5 graus no início da manhã e uma camada de gelo cobria os campos e lavouras. Pastagens e áreas com forrageiras usadas para alimentar o gado também foram atingidas e devem sofrer ressecamento.
Em Ribeirão Branco, na mesma região, a geada atingiu os viveiros de produção de mudas de tomate. As plantas estavam protegidas por estufas plásticas, mas as mudas que estavam nas bordas foram afetadas pelo frio intenso. A cidade responde por 50% da produção de tomate de mesa do Estado.
As geadas atingiram com menor intensidade as lavouras de café na região de Fartura. Apenas os cafezais localizados em terrenos baixos foram afetados. De acordo com o Sindicato Rural de Fartura, a expectativa é de que as perdas não sejam expressivas. Em toda a região há a previsão de nova geada para a manhã de quinta, dia 25.