Agricultura

'Tem gente fazendo mais do que torcer contra', diz Bolsonaro

Segundo o presidente da República, há pessoas influentes espalhando desinformação para prejudicar a imagem do Brasil nas questões ambientais

presidente jair bolsonaro
Foto: reprodução

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 16, em live no Facebook, que há pessoas contrárias ao governo fazendo mais do que “torcer contra” quando o assunto é meio ambiente. “Tem gente com meios, influentes em parte da mídia, pregando desinformação”, diz.

Segundo Bolsonaro, o Brasil já teve ministros do Meio Ambiente “xiitas ambientais”, citando nominalmente Marina Silva e Zequinha Sarney, e mesmo naquela época existia desmatamento e incêndios na Amazônia.

“Tínhamos como resolver isso se a medida de regularização fundiária tivesse sido votada. Se tivesse sido votada, teria sido aprovada. Por satélite, olharíamos o foco do incêndio, identificaríamos o CPF [do proprietário da terra] e iríamos lá saber se é uma área permitida para desmate”, disse.

Bolsonaro destacou que o produtor inserido no bioma amazônico tem uma área de Reserva Legal intocada, porém, tem também hectares que podem ser desmatados. “Se ele quiser desmatar todo ano, não tem problema nenhum”, disse. “Se olharmos o que se desmatou na Amazônia nos últimos 20 anos, é o Brasil. É muita área sobreposta [que cresce e é desmatada novamente]”, completou.

O chefe de Estado reiterou que o governo está fazendo todo o possível para controlar o número de incêndios e de desmatamento na Amazônia. Ele citou o trabalho do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, à frente do Conselho Nacional da Amazônia, e as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLOs). “Mesmo assim, pelo tamanho da da região, é difícil conter tudo isso aí”, afirmou.

Ainda segundo Bolsonaro, uma parte considerável das queimadas é feita por indígenas. “Se proibi-los de tocar fogo para executar sua agricultura tradicional, eles não terão o que comer no ano que vem”, disse, referindo-se às queimas realizadas em áreas com fins agrícolas. “Vamos deixá-los morrer de fome?”, finalizou.