A Bayer, empresa farmacêutica e agrícola alemã, anunciou uma vitória em um julgamento no estado americano da Filadélfia relacionado ao uso do herbicida Roundup, um dos mais utilizados do mundo e que contém glifosato.
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O demandante, um funcionário aposentado dos correios, alegou ter desenvolvido linfoma não-Hodgkins devido ao uso do Roundup. O júri decidiu a favor da Bayer.
Esta é a terceira vitória consecutiva da Bayer em casos que alegam uma conexão entre o Roundup e o câncer.
A Bayer também venceu um caso similar na Pensilvânia. E um agricultor da Califórnia e sua esposa retiraram voluntariamente um processo semelhante em andamento no estado.
As vitórias judiciais da Bayer acontecem após uma série de ações judiciais movidas contra a empresa nos Estados Unidos, exigindo compensações por danos alegados causados pelo Roundup. No total, a Bayer já foi condenada a pagar mais de US$ 16 bilhões em indenizações relacionadas ao produto.
A controvérsia em torno do glifosato tem suas raízes na classificação da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer em 2015, que o classificou como um “provável” carcinógeno.
Em 2020, a Bayer destinou aproximadamente US$ 10 bilhões para encerrar cerca de 95 mil processos nos EUA relacionados ao Roundup. Cerca de 50 mil processos continuam em aberto.
Nesta terça-feira (5), o CEO da Bayer, Bill Anderson, disse para investidores que a empresa espera lidar com o litígio em torno do herbicida Roundup nos próximos meses. E que a Bayer “considera o glifosato seguro e essencial para a agricultura”.