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Agronegócio

Glifosato: confira manual da Aprosoja para contribuir com consulta pública

Anvisa propõe restrições de uso, com alterações na classificação toxicológica, no manejo e na manipulação do herbicida; produtores rurais podem fornecer informações

aplicação agrotóxico
Agência prorrogou até 8 de julho o prazo para envio de retribuições. Foto: Anvisa/reprodução

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prorrogou por 30 dias o prazo para o envio de contribuições para a consulta pública que trata da reavaliação do agrotóxico glifosato. O novo prazo é 8 de julho.

A decisão foi tomada pela Anvisa para atender a solicitações de entidades da sociedade civil organizada. A entidade quer manter o uso do herbicida glifosato no Brasil, mas propõe restrições com as quais o setor produtivo não concorda.

Para ajudar os produtores interessados nesse processo, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) criou um manual com orientações sobre como contribuir com informações técnicas sobre a correta utilização da substância na agricultura.

Entre as propostas da Anvisa para o glifosato, a Aprosoja Brasil contesta três temas específicos. Um deles é a intenção de alterar a classificação toxicológica do glifosato para “produto extremamente tóxico”. A entidade que representa os produtores afirma que é contra a mudança porque o Ministério do Trabalho já define a obrigatoriedade do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os profissionais que manipulam a substância, tornando a nova classificação desnecessária.

A agência também propõe alteração de práticas agrícolas de manejo do glifosato. Ao sugerir o indeferimento desta sugestão, a Aprosoja afirma que se trata de orientações técnicas de responsabilidade do Ministério da Agricultura.

Outra alteração contestada pela Aprosoja diz respeito à proposta da Anvisa de impedir que um mesmo profissional opere três atividades distintas com o glifosato, como preparo da calda, abastecimento do tanque e pulverização.

“A Aprosoja recomenda ao produtor que se manifeste contra essa medida porque cada etapa do manejo tem os próprios EPIs. E a aplicação é feita em cabine fechada, onde já há EPC, equipamento de proteção coletiva.

A práticas adequadas de manejo do glifosato já estão sendo adotadas e vão garantir a segurança dos aplicadores e dos consumidores”, argumenta o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa.

O glifosato é utilizado no país desde a década de 1970, principalmente no plantio direto e para dessecar a pastagem antes do plantio.

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