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Em Goiás, momento é esperar a chuva para evitar perdas

Chuvas regulares ainda não chegaram, e os produtores de soja estão apreensivos; especialistas recomendam que os agricultores esperem para iniciar o cultivo

Manaíra Lacerda | Motividiu (GO)

O plantio de soja em Goiás avança com timidez nesta safra. Dos 3,4 milhões de hectares que serão cultivados no estado, apenas 2% foram semeados. O motivo é o atraso das chuvas, que costumam chegar com regularidade em outubro. Em 2015, parece que a água suficiente só vai vir em novembro.

O produtor rural José Oscar Durigan, de Montividiu, na região sul do estado, plantou pouco mais de 2% de seus 1500 hectares. No mesmo período do ano passado, o avanço da semeadura estava em 15%.

– O risco está muito grande, porque no ano passado havia pancadas de chuvas. Este ano vem uma pancada e desaparece. O ano é difícil, a situação também. O dólar é caro, então o custo está grande. O produtor tem que conseguir acertar – afirma o agricultor.

• Plantio em Goiás depende das chuvas

Uma das grandes preocupações dos produtores com o atraso das chuvas é perder a janela ideal para o plantio da safrinha. O risco existe, mas a recomendação é não pensar nisso agora e esperar as chuvas ficarem regulares para começar a plantar a soja.

Para o diretor da Associação dos Produtores de Soja de Goiás (Aprosoja-GO) Adriano Barzotto, o momento é de esperar. Ele explica que, na última safra, quem se antecipou perdeu produtividade e colheu apenas 45 sacas por hectare, quando a expectativa era em torno de 60 sacas.

– A safrinha 2016 vai ocorrer de alguma forma. Se a chuva se confirmar nos próximos dias, eu acho que não vai ter uma perda expressiva da segunda safra, mas a gente deve observar o decorrer do plantio da soja, para que se faça um plantio consistente, coerente, dentro da umidade ideal, para que depois a safrinha seja um segundo passo, onde só se plante o que for possível – orienta o dirigente.

Mas a estratégia que pode garantir produtividade também aumenta os custos. De acordo com o engenheiro agrônomo da cooperativa Comigo Silvânio Sardinha, o controle da ferrugem asiática deve ser mais severo e o número de aplicações de fungicidas em ciclos médios e tardios pode chegar a quatro durante a safra.

– É um número significativo. Para minimizar isso, os produtores estão invertendo, estão colocando a de ciclo médio a tardio primeiro no plantio. Um recurso muito importante que os produtores da região estão fazendo é, dentro da própria semente, escolher os melhores lotes, aqueles que minimizam o risco de plantio, com melhor germinação e vigor – explica o agrônomo.

Veja a reportagem:

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