Sindicato Rural de Rio Verde detectou a presença do fungo em uma lavoura irrigada de Rio Preto; aparecimento está dentro do esperado, afirma diretor
O laboratório de fitopatologia do Sindicato Rural de Rio Verde, em parceria com a Universidade de Rio Verde, detectou nesta terça, dia 23, o primeiro caso de ferrugem asiática em lavoura comercial em Goiás. A doença atacou uma propriedade de 200 hectares no município de Rio Preto, em uma lavoura irrigada, no estágio R5.5.
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Segundo o Consórcio Antiferrugem, esse será o segundo caso no Estado. O primeiro foi registrado em 24 de novembro, quando os pesquisadores da Universidade de Rio Verde encontraram o fungo em soja voluntária.
O diretor do Sindicato Rural da cidade José Roberto Brucceli aconselha os produtores a realizarem o monitoramento constante das lavouras. Entretanto, dentro do planejamento dos produtores, a doença apareceu dentro do período esperado.
– O objetivo era chegar até o dia 25 sem aparecer nenhuma ocorrência. Surgiu no dia 23, mas é algo dentro do esperado. As condições estão propícias para o desenvolvimento da ferrugem, muitas chuvas e umidade alta. No começo da safra, nós pregamos aos produtores para anteciparem a primeira aplicação de fungicida. Graças a isso nós conseguimos evitar o surgimento precoce – explica.
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Segundo Brucceli, a região em que a doença apareceu produz em 300 mil hectares, sendo que 10% dessa área foi cultivada em 1º de outubro, época em que a soja infectada foi semeada. Nos monitoramentos feitos com as outras plantas do mesmo período, somente esse caso apareceu, em um talhão perto do pivô de irrigação.
O desenvolvimento da safra segue bem e, segundo o diretor do Sindicato Rural de Rio Verde, a expectativa é produtividade média de 50 sacas por hectare.