Na carta, Anastacia alegou que o preço pago pela saca atualmente em Minas está em torno de R$ 300,00, bem inferior ao valor pago em maio de 2011, quando o preço da safra atingiu R$ 530,00.
“Essa baixa nos preços do café implicou em significativa perda de renda do setor no país e, por conseguinte, fortemente em Minas Gerais pela sua condição de maior produtor nacional” ponderou o governador no documento.
A produção brasileira de café na safra 2012/2013, considerados anos de produtividade elevada, foi de 50,8 milhões de sacas de 60 quilos, equivalentes a 34% da produção mundial, observou Anastasia na correspondência a Dilma Rousseff. Ele lembrou também que “a participação de Minas Gerais no volume produzido pelo país no ano passado foi de 52,9%, visto que a safra mineira atingiu 26,9 milhões de sacas”.
“Além do mais, há que se destacar que a cadeia produtiva do café em nosso Estado emprega cerca de dois milhões de pessoas, de forma direta e indireta”, acrescentou.
A carta enviada pelo governador à presidente Dilma Rousseff atende à reivindicação do setor cafeeiro mineiro, que vem se empenhando pelo reajuste do preço mínimo do café.
No final do mês passado, a revisão do preço mínimo era um dos itens da pauta do Conselho Monetário Nacional (CMN), juntamente com a prorrogação da dívida do setor. O conselho aprovou a prorrogação da dívida por 12 meses, a partir do vencimento, mas não apreciou o reajuste do preço mínimo do café, que atualmente é de R$ 261,69 a saca de 60 quilos.